SOBRE NOSSOS CONTEÚDOS

O conteúdo Jogos esta defendido pelo CBC (Currículo Básico Comum) onde observando alguns objetivos podemos entender a importância de trabalha-lo na Educação Física;
• Possibilitar ao educando o conhecimento das diferentes manifestações da cultura corporal nos seus aspectos educativos, lúdicos e técnicos;
• Possibilitar aos alunos um entendimento da Educação Física escolar na sua relação com a cultura no ensino das práticas corporais, criando e recriando um conhecimento específico da cultura corporal humana a fim de auxiliar na construção do indivíduo nas suas atividades do cotidiano. (CBC, ano 2009, p.86)

Dentro de outras perspectivas podemos constatar que;

[...] na perspectiva de intervenção por meio de jogos, o desafio é compartilhar a responsabilidade do problema e sua superação com os próprios alunos. Se eles não se conscientizarem e mobilizarem recursos próprios para as mudanças necessárias, não haverá aprendizagem (MACEDO, 2000).

Diante dessas visões do autor e do CBC é que acreditamos poder trabalhar temas transversais como respeito, exclusão, diferenças culturais dentro da escola.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

DIFICULDADES DIANTE DA COMPETIÇÃO

Nessa minha sexta semana, quase no término de meu estágio, trabalhei com o “escolha a dedos”, o “batendo cabeças”, “entra no meu lugar”, “sentinela”, “invasão” e os “três acampamentos”. Com esses jogos, percebi que havia alguns dos integrantes da turma que eram bem competitivos quando eu propus  a eles jogos individualistas, pois eles queriam vencer a qualquer custo, e caso isso não acontecesse eles ficavam irritados, mais nada que atrapalhasse a aula. Mas esses mesmos alunos quando se praticavam jogos em equipe, eles se interagiam e não se mostravam individualistas, pois na primeira aula dessa sexta semana trabalhamos com jogos individualistas, e já na segunda com os jogos e brincadeiras em equipes. Quando se trabalhavam em equipe eles eram bons e procuravam ajudar aos outros integrantes de seus grupos nas brincadeiras. Então percebi que isso não era nenhum problema.
Percebi também que quando se trabalha algo de caráter individual em uma turma do 1º Ano do Ensino Médio, a aula vai se tornar mais difícil de ministrar.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES

Em minha quinta semana de estágio, os alunos do 1º Ano do Ensino Médio vivenciaram o “os quatro cantos”, o famoso “pega-pega”, também citados em alguns trabalhos como “pique-pega”, ou ainda “pique-pata”, “o domador”, o “lebre e o ouriço”, “batendo palmas” e o “chega pra lá”. Com a prática desses jogos e brincadeiras nessas duas aulas da quinta semana, notei que os alunos estavam interagindo e estavam realmente dentro da aula, pois com meu estágio obtive uma participação geral, de todos os alunos da turma, não havendo negações, algo que nos preocupava antes do estágio, pois todos participavam e gostavam do conteúdo, não havendo reclamações de estar trabalhando algo que não fizesse parte do famoso “quarteto fantástico”.
E não só nessas duas aulas da quinta semana, mas em todas as outras, percebi  também que o professor José Otávio apesar de não estar ministrando a aula, ele nem nenhum momento se ausentava da quadra, ou de qualquer que fosse o ambiente onde estivéssemos, e ele acompanhava as aulas atenciosamente. Então pude afirmar que essa nossa proposta de se trabalhar com jogos e brincadeiras em meu estágio, não era apenas algo novo para os alunos, mas também para o professor de Educação Física da Escola “Aleyde Cosme”, e posso afirmar ainda que com esse meu  estágio, estava inovando a visão desse professor, e de certa forma o ajudando em suas próximas aulas nessa mesma escola.

12 jogos cooperativos



Outro vídeo que trouxe um arsenal de possibilidades para estarmos atuando em nossas aulas.

Part 1 - Demonstrações de jogos Populares / Tradicionais / Infantis atra...



Este vídeo deu apoio a construção de nossas metodologias de intervenção

JUSTIFICANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA E O CONTEUDO JOGO DENTRO DAS AULAS

A Educação Física é um componente curricular que, quando orientado intencionalmente para sua inserção filosófico-pedagógica em um projeto de sociedade orientado para a superação do modelo de sociedade capitalista, requer, dentre outros aspectos, a estruturação de processos de planejamento dinâmico-dialógicos, comprometidos efetivamente com essa tarefa. (MUÑOZ, 2001).

O autor vem trazer desta forma trazer uma perspectiva da Educação Física onde esta deve dar suporte ao aluno para que este possa criar uma postura filosófica e crítica diante da ideologia de vida que é oferecida pelo capitalismo, obrigando assim o professor a incorporar uma gama de conteúdos e atividades que propiciem essa emancipação não focando apenas na Educação Física vista de um olhar esportivo e competitivo.

A Educação Física vem passando por um processo de transformação desde sua iniciação onde tinha caráter higienista e servia de caráter utilitarista para a formação de corpos saudáveis até os dias de hoje onde é vista como o ambiente de formação da identidade corporal do sujeito cabendo a ela dar subsídios para essa autoafirmação de analogia.

Atualmente, a educação física busca uma nova estruturação, baseada em estudos das influências que o meio físico e social têm sobre o desenvolvimento humano (GALLARDO, 2000).

Gonçalves (1994) dialoga sobre a importância existente no fato de o professor proporcionar aos alunos movimentos portadores de um sentido para os mesmos. Uma vez que, movimentos mecânicos realizados abstratamente só contribuem para a inibição da criação e da participação dos alunos em aula e, por consequência, os torna indivíduos que deixam de interpretar o mundo por si próprio e passam a interpretá-lo pela visão dos outros. É desta forma que apresentamos um conteúdo que os remeta a criação dessa identidade, por isso escolhemos os jogos onde temos algumas concepções de jogo.

Segundo Caillois (1986) “o jogo é uma atividade livre e voluntária, fonte de alegria e diversão. Predomina a incerteza e o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas. Acredita que somente se joga quando é do desejo do sujeito: quando ele quer e o tempo que quiser”. O autor afirma deste modo que jogar é muito mais do que uma situação estruturada pelo tipo de material. Contudo, continua Cailois, dizendo que “quando o sujeito se vincula a uma partitura, ou a um papel a interpretar, torna-se menos livre de manifestar sua personalidade diante das ilimitadas variações que uma determinada situação lúdica pode proporcionar”. Podemos entender que jogo combina com inovação, com novas ideias, ludicidade, não se limitando a um caráter competitivo.

Huizinga (1996) enfatiza como sendo um elemento importante do jogo o caráter “não sério”, referindo se a um estado de espírito de quem o pratica e não a um julgamento de valor. Para Kishimoto (2002), tal caráter está relacionado ao riso, ao cômico – elementos integrantes do ato lúdico. Caillois (1986) afirma que “não há nenhuma degradação enquanto atividade séria na diversão, especialmente na diversão infantil”. Atesta que há a presença simultânea tanto da seriedade na ação, quanto da alegria e descontração. 

Negrine (1994) enfatiza que “jogar não é apenas uma atividade e sim uma atitude que emana uma vivência de sentimentos e sensações que nos fazem desvendar significados e tomar decisões”. 

Diante dessas concepções de alguns autores se justifica a utilização do conteúdo jogos atrelado a brincadeiras.

Com isso, percebemos a importância de se resgatar os jogos nas aulas de educação física, não só para diversificação de conteúdos, mas também para contribuir na vida dos alunos de uma maneira geral, além de que através dos jogos podemos trabalhar com a cultura corporal visando uma ligação entre corpo e mente com os alunos, contribuindo para eles não só nas aulas de educação física, mais também para todas as etapas de sua vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

NOSSOS OBJETIVOS

  • Vivenciar o conteúdo Jogos e Brincadeiras a fim de auxiliar no processo de diversificação das aulas de Educação Física da EEEFM Aleyde Cosme.
  • Conhecer jogos e brincadeiras que fazem parte da cultura local;
  • Vivenciar novos conteúdos da Educação Física que não sejam pautados no esporte;
  • Relacionar os jogos e brincadeiras com o cotidiano escolar;
  • Vivenciar novas experiências dentro das aulas de Educação Física.

O DIAGNÓSTICO DA TURMA

A turma que estamos propondo o conteúdo vem sendo observada desde o estágio I (2010/2), onde através de muito dialogo conhecemos seus anseios sobre a disciplina, suas vontades e frustrações por não haver algo multicultural. Foi apresentada a turma a proposta de se trabalhar jogos, proposta essa que pelo menos a princípio foi muito bem recebida, motivando a estarmos fazendo um trabalho de qualidade para aqueles jovens.